domingo, 23 de março de 2025

Haicais em Cidreira


HAICAIS


VeJo senTido no Meu desaPreÇo,

Saudades No meU deSapeGo,

Apego nO meU reCoMeçO.


aManheCeu Em maiS Um diA.

Olhos CanSados aPós noiTe friA.

CheiRo do caFé - HarmoNiA.


Bukowski, Kerouac e Leminski.

Música, leituras e amarguras.

Bebidas, discos e livros.
Apreciar um momento
Tudo que sei em silêncio
Ruídos em movimento


Sol se esconde

Procuro por um maldito horizonte

Nuvens cinzentas respondem


MarCelo frAnco

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Esfinge



 

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O ontem de hoje segue sendo o amanhã de hoje.
De onde vem a esperança? Que nunca chega!
Para onde vão os pinguins no verão?
Gosto do solstício de inverno.
Para que serve o farol de avião?
Direita ou esquerda?
Porque empatia só vem antes de hipocrisia no dicionário?
Será que serei o mesmo de sempre?
A vida é um eterno mistério.

Marcelo Franco
OBS: sinônimo de Esfinge: segredo, mistério

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

De Coringa a John Wayne Gacy: das histórias em quadrinhos à realidade.


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Desde o início dos tempos, como se pode observar, o crime permeia nossa sociedade, e o criminoso, este ser tão intrigante, tem sido um elemento nada bem vindo em nosso convívio. Nas HQs não poderia ser diferente, os vilões de certa forma desenvolvem um papel importante. No caso do Coringa, esse personagem intrigante, assustador e sem piedade, acaba por outro lado conquistando muitos admiradores, pois sem ele as histórias do Batman não teriam sentido. Levando em consideração que a determinação do conceito de criminalidade provém de um paradigma social, podemos fazer um paralelo com as HQs, pois no mundo real os vilões não são bem vindos, enquanto nas HQs eles desenvolvem um papel importante no decorrer das histórias, nas quais sem eles os super-heróis não teriam nem ―emprego‖. Mas não podemos esquecer que, mesmo nesse papel fundamental das revistas, eles ainda são vilões e devem ser tratados como tal. O Coringa é o tipo clássico de psicopata, ele sabe o que faz, como faz e com quem faz suas atrocidades, cumprindo seus objetivos sempre das mais diversas formas possíveis, com requintes de crueldade, sadismo extremo ou pelo simples prazer proporcionado pelo ato de matar. É um indivíduo misterioso, pois ele só é visto pela sociedade quando comete seus crimes, parecendo só existir quando consuma seus delitos, impondo terror e medo.

No caso do personagem Coringa, ficam evidentes os traços de um psicopata. Na HQ Piada Mortal, o palhaço do crime, como também é conhecido, atira à queima-roupa em Barbara Gordon (filha do Comissário de Polícia James Gordon), e a bala atravessa a espinha dorsal e leva Barbara a ficar paraplégica. Arquitetando tudo isso, o vilão Coringa solta uma de suas pérolas: “ora francamente o caso não é tão grave assim.... claro que a possibilidade de ela voltar a andar é muito remota. Mas tudo pode ser resolvido com uma cadeira de rodas”. O pai de Bárbara, o comissário Gordon, assistia tudo à distância via vídeo conferência, ao mesmo tempo em que era espancado pelos capangas do vilão. É possível identificar a forma cruel e sem emoção durante a prática daquele ato, durante o qual o vilão não se coloca em momento algum no lugar do pai da vítima e muito menos como sendo a própria vítima. Esse tipo de indivíduo não tem sentimentos e, ao fingir os ter, torna-se um verdadeiro ator do mal, deixando um imenso rastro de destruição em vidas alheias.


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          Ainda nesta HQ, o Coringa deixa claros a sua frieza e o alto grau de crueldade. Com a frase ― “... como é bom ser loucoo!”, nesta sequência podemos ver o vilão mostrando fotos de Barbara Gordon despida, nas quais a vítima demonstra estar sentindo muitas dores. É possível depreender a partir das imagens as inúmeras torturas e abusos a que deve ter sido submetida pelo cruel Palhaço do Crime, que se divertia e sorria muito com a cena, inclusive ao ver o Comissário Gordon desesperado, diante das cenas de tortura que sua filha protagoniza, impostas pelo cruel bandido. Podemos trazer como ilustração uma história real, mostrando que os psicopatas não estão somente nos livros e nas histórias em quadrinhos, fazendo-se presentes no quotidiano entre nós de forma improvável, por vezes sem qualquer indício aparente do desvio de conduta. John Wayne Gacy Jr era um engenheiro que se vestia de palhaço nas horas vagas, animando de forma gratuita festas infantis. Um homem acima de qualquer suspeita, casado, uma filha, emprego fixo, filiado ao partido democrata norte-americano.


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           Tinha uma vida dupla, torturava jovens e os assassinava a sangue frio. Como esta, poderíamos listar várias outras histórias, onde o transtorno psicopático está presente. A psicopatia é considerada um transtorno onde indivíduo não sente empatia pelo outro, demonstra uma frieza sem igual e está disposto a conquistar o que ele quiser a qualquer custo, considera-se uma designição para o indivíduo portador de desordem de personalidade caracterizada em parte por comportamento antissocial recorrente, diminuindo a capacidade de empatia ou remorso e baixo controle comportamental.

          No mundo dos quadrinhos não é diferente: vários são os personagens que seguem essa linha entre a realidade e a fantasia de dominar até mesmo vida e morte, de forma mais ou menos aparente e perversa. Personagens de histórias em quadrinhos, como Caveira Vermelha, Magneto (Marvel Comics), Duas Caras e Lex Luthor (DC Comics) são clássicos psicopatas da arte sequencial que só pensam em questões como dominar o mundo, poder extremo e ter prazer em suas conquistas, mesmo que tenham que matar até mesmo aqueles que estão ao seu lado.

Marcelo Franco

 


segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A presença inevitável da finitude

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Quando nascemos não percebemos que a morte se faz presente desde o primeiro momento de vida. Há um abstraimento da possibilidade do morrer. Esta separação de vida e morte é uma forma de negação do indivíduo, um engano, pois a vida e a morte chegam juntas e andam juntas. A morte é um momento natural, que faz parte do contexto de vida, e que nos acompanha desde que temos a vida, não há como separar esses dois fenômenos vida e morte.

As formas de se definir a finitude são muito amplas, dependem muito de cada indivíduo e suas vivências, costumes e regiões. Se formos procurar o significado de morte em um dicionário, vamos encontrar a seguinte definição: “uma cessação completa da vida, da existência de; óbito, falecimento”. (Aurélio on_line)  Entender esse fundamento não é fácil, pois, a princípio, quando se vê o nascimento de uma vida, se espera sempre que esse novo ser tenha uma longa vida. Segundo o senso comum presente nas sociedades, o ser humano deveria passar pelas seguintes fases: nascer, crescer, se reproduzir, envelhecer e a seguir morrer, simples. Entretanto, as dinâmicas da vida social fazem com que o ser humano se depare com situações nada “lógicas”, como a morte de jovens, crianças, situações difíceis de entender e aceitar.

As diversas representações da morte trazem várias indagações, oriundas dos diferentes contextos. Na perspectiva da pessoa profissional em psicologia ou aconselhamento, essas inquietações precisam ser respeitado por quem observa externamente, num primeiro momento, visando à compreensão das angústias, dos dilemas, dos argumentos, da visão de mundo, do imaginário religioso adjacente, visto que, nem sempre a pessoa profissional partilha dos mesmos fundamentos sociais desta interpretação. Fato é que independentemente do aspecto sócio- histórico-cultural envolvido, a representação da morte é ampla e frequente, havendo inclusive aspectos em comum observados ao longo dos tempos.

A morte de certa forma tem uma imagem desconhecida, pois não sabemos exatamente o que envolve este fenômeno, apenas temos a certeza que vamos vivenciar esse momento apenas uma vez, e que, para quem fica a vida continua. Por outro lado, quem vivencia em seu corpo a morte, se inicia em outro contexto, outro momento, outra forma de viver ou não viver. Na verdade é uma situação que, excetuando-se a questão religiosa ou da fé de cada um, permanece até hoje totalmente sem reposta para nós, vivos. Isso é o que torna este fenômeno fascinante, pois enquanto fenômeno, tais quais todos os demais diversos fenômenos da natureza, não temos domínio sobre ele - acontece quando tem que acontecer, escolhe o momento de se fazer presente.


Marcelo Franco

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Comunicação de notícias difíceis

 


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De todas as tecnologias que todos os anos avançam de maneira desenfreada, a comunicação é a única que dentro do ambiente hospitalar continua sendo de forma básica, pois quando vai se comunicar com pacientes e familiares, é preciso ser frente a frente, ainda mais quando é necessário se transmitir uma informação que não seja positiva em termos de melhora de um paciente. Neste momento características como empatia, compreensão, paciência, controle das emoções, entre outros, fazem toda diferença no momento de se realizar uma comunicação de notícia difícil.

Geralmente a morte é a notícia mais temida, a pior possível, mesmo quando representa não presenciarmos alguém em sofrimento ou em processo paliativo e cada vez mais triste. Mas podemos dizer que muitas vezes a morte traz um alívio, pois sossega este sofrimento. Comparativamente, se estamos saudáveis e somos pegos de surpresa com a notícia de uma doença grave e incurável, isso é uma má notícia, e o impacto é mesmo de inseguranças e incertezas.

Para uma boa qualidade na assistência hospitalar, é necessário a base desta assistência que está na comunicação. Segundo Kitajima e Cosmo (2008), a comunicação é um ato de transmitir, receber e emitir mensagens que tem como objetivo as relações sociais, compreensão de mundo e a transformação de si mesmo. Com as dificuldades e possíveis incertezas que vão ser vivenciadas em uma internação, além da possibilidade de morrer, trazem ao paciente um alto nível de ansiedade.

É neste momento que a comunicação se transforma em um instrumento importante, para reduzir as dificuldades que são enfrentadas neste momento, o que proporciona uma desmistificação para a família poder assim se organizar (Kitajima e Cosmo, 2008).

Kitajima e Cosmo (2008) destacam que a comunicação abrange um comportamento complexo como o postural, tonal e verbal. Salientam que se deve estar atento não somente ao conteúdo que está sendo transmitido, mas prestar muita atenção na tríade paciente, família e equipe, fortalecendo a interação entre todos os envolvidos. Nisso, lembramos que dentro do contexto hospitalar o silêncio é uma forma de comunicação, apesar de ele ser uma comunicação não verbal podemos dizer que em certos momentos ele se torna ensurdecedor. Kitajima e Cosmo (2008) nos trazem que a impossibilidade de não nos comunicar é possível, mas além disso, apontam que há duas condições da comunicação, o sentimento e o conteúdo, definindo assim os tipos de comunicação verbal e a não-verbal.

Sabemos que cada indivíduo age e interpreta à sua maneira, e dentro da comunicação o processo requer uma técnica adequada para cada situação, o que exige do profissional um processo de constante qualificação dentro das comunicações de notícias difíceis. Mesmo não existindo uma técnica para cada momento de comunicação de má notícia, o processo vai variar de acordo com o contexto cultural de cada pessoa, social, educacional, a idade, o sexo, sua crença, seu contexto familiar e principalmente a doença que o mesmo está acometido. Por fim, para se obter um momento proveitoso na aplicabilidade o profissional deve desenvolver flexibilidade para aplicar a técnica adequada em cada abordagem.



A comunicação de má notícia é, sem dúvida, o processo mais difícil que o profissional da área de saúde enfrenta dentro do contexto hospitalar, pois este processo gera uma alta ansiedade para quem vai transmitir a notícia, e nunca se sabe como será a receptividade de resposta frente a comunicação por parte do paciente e de seus familiares. Um fato relevante é que a notícia sempre vem acompanhada de dor e sofrimento, onde alguém precisa realizar esta comunicação, e que o paciente ou familiar terá conhecimento acerca da doença, diagnóstico ou até mesmo uma piora de quadro, o emitente precisa ter uma postura adequada usando seus conhecimentos, experiência na área clínica e uma forte capacidade de empatia, para saber transmitir a notícia de forma a diminuir o inevitável sofrimento de quem a recebe.

Uma boa relação entre a equipe de saúde e os usuários/familiares é importante para se estabelecer uma boa comunicação, desde a chegada do paciente no hospital é necessário que se realize um bom vínculo para se diminuir as possibilidades de desconfortos que possam ser gerados pelo difícil contexto hospitalar. Lembramos que o paciente não está internado porque quer, ele está no hospital contra sua vontade, apenas por necessidade desta internação. Portanto, é através da comunicação que vai ocorrer uma partilha de ideias, necessidades diárias e sentimentos dos mais variados possíveis, sem contar a diversidade de crenças, histórias de vida, culturas, valores de cada indivíduo.

Um dos objetivos básicos da comunicação é de que o paciente compreenda o que está sendo transmitido, mas algumas vezes ele pode ter dificuldades de entendimento, seja por uma questão de cognição, nível de instrução ou até mesmo pela idade avançada, fatores que podem dificultar o entendimento entre os envolvidos. Importante lembrar que somente o chefe da equipe pode realizar a comunicação de má notícia, o que não quer dizer que toda equipe não necessite ter conhecimento acerca deste processo, visto que quase sempre o médico/chefe de equipe vai acompanhado de outros integrantes para realizar a comunicação, e estes precisam estar preparados e ter o entendimento do todo para proporcionar apoio técnico ao médico, caso ele necessite.

Uma adequada comunicação de má notícia depende do atendimento de alguns requisitos: estabelecer uma relação adequada entre médico, equipe e paciente, enxergar o paciente como pessoa, ter um setting adequado para a comunicação, não se preocupar com o tempo do processo, ter uma expressão neutra comunicando a notícia de forma clara e direta, reconhecer o quanto e o que este paciente quer saber do seu quadro clínico, encorajar e deixar o paciente ter suas reações ao seu tempo, uma atenção adequada com a família, conversar sobre o planejamento e o futuro deste paciente, pois muitos podem vir a experimentar sentimentos de incerteza e isolamento e não menos importante, trabalhar os próprios sentimentos, pois estamos expostos ao processo e, podemos ter reações de sofrimento também. Todos os envolvidos estão sujeitos ao risco de passar pelo sofrimento e isolamento social, o paciente pela própria situação acerca da qual toma ciência e os profissionais pela incapacidade de lidar com o contexto.  

De maneira a realizar um melhor cuidado, destacamos a importância do diálogo em si, pois a comunicação aproxima as pessoas, mesmo em um momento tão difícil. Salientamos o desenvolvimento da habilidade de saber se comunicar, pois o profissional de saúde desenvolve um papel de extrema importância dentro deste processo. A manutenção da capacidade de comunicação se mostra como um instrumento terapêutico primordial, que proporciona ao paciente uma autonomia no momento mais importante de sua vida.

Marcelo Franco

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Kitajima, K., & Cosmo, M. (2008). Comunicação entre paciente, família e equipe no CTI. In Knobel, E., Andreoli, P., & Erlichman, M. (Orgs.), Psicologia e humanização: assistência aos pacientes graves (101-112). São Paulo: Atheneu.


sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A sociedade e o valor das coisas

     

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Seria possível viver nos dias atuais sendo desapegado das coisas materiais? Em um mundo onde o falso se torna algo brilhante e a mentira dita algumas vezes já se torna realidade, acredito que seja difícil. Quando se fala em valores, geralmente as pessoas falam em caráter, justiça, ética, empatia, honestidade, honra, responsabilidade, respeito, solidariedade, etc. São tantas palavras que a lista com certeza é extensa, mas me pergunto: Por que quando vamos para a prática tudo muda? Como as pessoas realmente agem? De que forma efetivamente as situações acontecem? Bom, aí é que o ser humano realmente aparece ou, como diria o filósofo, “é aí que a máscara cai ou desaba”, como queiram enxergar.

Esse pensamento me faz lembrar do grande pensador grego Diógenes, o Cínico, um filósofo que viveu de forma realmente desapegado das coisas materiais. Um homem que entendeu o real valor do desapego, provando que é possível, sim, viver desapegado das coisas materiais e ser feliz. Entender o real valor das coisas é primordial para poder viver bem, reconhecendo a importância de pequenos momentos como um pôr do sol.

Entendo que hoje você precisa de algo chamado dinheiro para poder comer, se locomover, ter uma moradia ou mesmo se divertir, mas atualmente as pessoas estão superestimando necessidades básicas, tornando quase infinita a busca material para considerarem a vida bem vivida. A vida se tornou um comércio que não cobre seus próprios custos, hoje vivemos interligados pelas redes sociais mas separados por uma tela de computador ou telefone. Uma realidade que demonstra como perdemos a noção do que seriam reais bons momentos. Creio que neste cenário fictício, nesta visão fora do universo real, falar (ou escrever) um pouco sobre filosofia não vai adiantar muita coisa.

Voltando para a história, agora até me perdi, já não consigo distinguir se estou falando de história ou filosofia, mas, enfim, tanto faz, vamos lá. Para lembrar um pouco do que provou Diógenes, o Cínico, certa vez Diógenes encontrou Alexandre, o Grande (aquele que não precisa de apresentações, é claro, pois foi o grande rei da Macedônia). Neste encontro, Alexandre elogia a forma como Diógenes vive desapegado das coisas, e diz: “há alguma coisa que posso realizar para você?” E Diógenes responde “devolva o meu Sol” pois Alexandre estava tapando o Sol que o Cínico estava recebendo. Este célere recorte prova, mais uma vez, que as coisas boas da vida não se compram. Após isso, Alexandre, o Grande, disse: se eu não fosse Alexandre, o Grande, eu adoraria ser o Diógenes, o Cínico, e Diógenes esponde: se eu não fosse Diógenes, o Cínico, gostaria de ser Diógenes, o Cínico, é claro kkkk. Afinal, Diógenes tratava a todos de forma igual, sem diferenciações.

Para Diógenes, o homem vive preso às amarras da vida cotidiana, vivendo como um escravo de uma sociedade que ele mesmo produz. Diógenes tratava as pessoas sempre da mesma maneira, sem dar valor ao que elas possuíam, e sim ao que elas eram, de fato. Certa feita, Diógenes estava em meio a uma pilha de ossos humanos e Alexandre, o Grande, observando aquilo perguntou a Diógenes o que ele fazia ali. Foi quando o Cínico respondeu: “estou procurando os ossos de seu pai, mas não consigo os diferenciar dos ossos de seus escravos”.  Diógenes nos prova que somos todos iguais e não existe ninguém superior ou com superpoderes, e que precisamos enxergar o real valor das coisas e não as coisas.

Marcelo Franco

terça-feira, 6 de agosto de 2024

o LuAr


Foto de arquivo pessoal

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QuaNdo olhARes para o Céu;

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E VirES o briLHo das EStrelas.

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Não TE ilUDas;

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Pois eSSes peQUenos aSTros são o liNDo brilhO dos TEus olhOs.

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Que reFLetem nA luz do luAR.


MarCelo FranCo

OBS: Este poema foi escrito em 1993

em um momento de paixão

Haicais em Cidreira

HAICAIS VeJo senTido no Meu desaPreÇo, Saudades No meU deSapeGo, Apego nO meU reCoMeçO. aManheCeu Em maiS Um diA. Olhos CanSados aPós noiTe ...