sábado, 17 de abril de 2021

TED BUNDY, eu quero dominar vida e morte

 

A ideia deste post é trazer um pouco sobre a vida e a obra (de terror) que alguns assassinos em série deixaram marcadas em nossa sociedade. O tema principal será o termo “Psicopatia”, que deriva do grego e significa psiquicamente doente, tendo sido usado no século XIX para denominar, genericamente, toda a doença mental. Desde então, a definição de psicopatia tem-se revelado pouco consensual, tanto em termos clínicos como no âmbito forense. Na verdade esse termo se difundiu no início do século XX, onde foi registrado esse tipo de comportamento por inúmeros estudiosos.

Assim, apesar de afirmar-se que o tema “assassino em série” parece ser atual, não é assim tão recente. Os primeiros casos de assassinatos em série provavelmente ocorreram no início da história da humanidade. Registrados como os mais antigos estão Gilles De Rais e Elisabeth Countness Bathory, que atuaram por volta de 1500, tempo em que a maioria dos assassinos era considerada vampiro ou lobisomem. No entanto, o serial killer só foi finalmente reconhecido há exatamente 125 anos e o primeiro considerado assassino em série pela natureza de seus crimes data de 1888, o famoso Jack, “o Estripador”, que aterrorizou Londres com cinco vítimas conhecidas, todas prostitutas, que sumiam durante a noite e logo eram encontradas aos pedaços.

Dentre os mais assassinos em série maisfamosos, destacam-se, com este tipo de conduta, os “Seriais Killers” Theodore Robert Bundy (já diria uma grande prof. que tive na universidade o “Picasso dos assassinos em série”) , John Wayne Gacy (que era conhecido como palhaço “Pogo”) e Edward Theodore Gein que foi inspiração para filmes famosos como “Psicose” e “Silêncio dos Inocentes”.

Mas vamos ao que interessa, Theodore Robert Bundy ficou conhecido como “Ted Bundy” e que no meio da psicopatia ficou conhecido como “o Picasso” nessa obra de terror que assola nossa sociedade. Ele era o tipo rapaz bem visto aos olhos da sociedade, charmoso, bonito, extremamente inteligente, e muito confiante, com uma carreira promissora e alguém que a princípio seria um exemplo de cidadão, mas como diz o ditado: “quem dorme com cobra, amanhece picado” e o nosso bom moço tinha uma conduta mortal como uma cascavel. Usando sua boa aparência, ele era capaz de sequestrar e matar suas vítimas sem que ninguém à sua volta notasse e voltar ao seu quotidiano tranquilamente, sem levantar suspeitas, uma vez que atraía suas vítimas até o carro, e as espancava de maneira fria e cruel e após as levava embora, para, reservadamente, poder desfrutar de suas mortes.

As preferências de “Ted” sempre foram garotas bonitas de cabelo escuro, atacava suas presas sempre de forma traiçoeira, sempre utilizando objetos rombudos e tinha a obscura satisfação em morder e estuprar suas vítimas, onde se encaixava em um assassino em série sexual.

 “Eu quero dominar vida e morte” e “a fantasia que acompanha e suscita a antecipação que precede o crime é sempre mais estimulante que a sequela imediata do crime em si” frases que ficaram famosas que Ted disse em vida.



Marcelo Ávila Franco

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Vilões das Histórias em Quadrinhos: origens, importâncias e características.






Vilão! O que seria do Super-Herói sem o vilão? É um indivíduo misterioso de certa forma, uma peça importante nas histórias em quadrinhos, ele é o completo oposto do herói, ou mesmo o anti-herói. A palavra “vilão” refere-se ao habitante de uma vila, que pode ter origem na palavra latina “villanus”, o vilão era na Idade Média uma pessoa que não pertencia à nobreza feudal, que habitava urbanamente em vilas. Referindo a alguém ligado a uma vila. Por outro lado, nos dias de hoje, o vilão sempre busca seus objetivos a qualquer custo, passando por cima de tudo e de todos, segue suas conquistas deixando um rastro de destruição, seduzindo os ingênuos de forma a deixar marcas profundas. Realizar uma lista de vilões não é fácil, pois podemos deixar de destacar muitos vilões importantes nas Histórias em Quadrinhos, de qualquer forma vamos trazer alguns personagens emblemáticos nas HQs, enfatizando sua importância e características para se caracterizar em um vilão.


CORINGA

Para começar podemos trazer o arque inimigo do Batman, o Coringa, que tem uma personalidade psicopática e um alto grau de frieza, um dos vilões mais insanos das HQs. Ele foi criado em 1940, pelos mesmos criadores do Homem Morcego, e não é considerado apenas um vilão, é sim um dos maiores vilões da Detective Comics, um dos mais reconhecidos vilões das histórias em quadrinhos. É um ícone dos vilões.

A origem real do personagem Coringa, assim como seu verdadeiro nome permanecem como incógnitas, em algumas histórias podemos ver sua trajetória inicial, mas não podemos identificar precisamente, não se identifica com certeza como tudo começou. Uma das versões mais comentadas é a de que o palhaço participaria em uma tentativa de um assalto em uma fábrica de Cartas de Baralho em Gothan City.

A versão mais aceita por fãs e entendidos no assunto é contada na revista Detective Comics #168, depois reescrita em Piada Mortal de 1988. Considera-se o Coringa um vilão psicopata em potencial que demonstra um único objetivo, o de ver as situações nunca seguirem o caminho certo, apenas em rumo ao caos.



MAGNETO

Magneto é um vilão diferenciado, tem um forte poder de persuasão, onde convence muitos seres com poderes diferenciados, chamados mutantes. O vilão em questão consegue controlar qualquer tipo de material que tenha o formato de metal. Surgiu a primeira vez nos X-Men vol. 1 em 1963, se caracterizando no primeiro vilão que se declarou contra o grupo dos X-men.

Pode-se dizer que ele e considerado um herói para alguns mutantes, pois defende apenas, interesses daqueles que possuem algum poder diferenciado, uma minoria mutante. Mas, ao contrário seus interesses são de exterminar a raça humana, e desenvolver cada vez mais os mutantes. É um vilão poderoso e inteligente, que marca presença em suas atitudes.

 




LEX LUTHOR

O excêntrico milionário, que busca por poder a qualquer custo, é um vilão meticuloso, não é detentor de nenhum super poder, mas demonstra um “qi” avançado, o que lhe proporciona muito poder.

Apareceu pela primeira vez em 1940. Num formato do típico indivíduo rico e louco, que é provido de grande inteligência e, com uma personalidade excêntrica, busca a todo instante o poder. Não podemos deixar de caracterizá-lo como um dos maiores vilões dos quadrinhos, pois ele é nada mais nada menos, que o arqui-inimigo do Super-Homem.


RA´S AL GHUL

Considerado um vilão imortal, R’as Al Ghul tem uma história peculiar nos quadrinhos, Líder da Liga das Sombras, e criado por Dennis O ‘Neil e Neal Adams, Ra’s aparece pela primeira vez em 1971, em histórias do Batman. Apesar de toda sua inclinação para o lado obscuro das HQs, R’as já tentou inúmeras vezes levar o Homem Morcego a juntar-se a sua causa, por saber do potencial de Batman, e enxergando nosso herói, como sendo um homem de inúmeras qualidades, ele não desiste de tentar fazer o Batman a lhe apoiar.

 


DUENDE VERDE

Duende Verde é uma verdadeira pedra no sapato do Homem Aranha, criado por Stan Lee e Steve Ditko, sua primeira aparição foi em 1964. Se, tornou um dos principais vilões do universo Marvel, por sua popularidade. Podemos dizer que, o Duende, tem outro lado, na personalidade Norman Osborn, que através de experiências acabou desenvolvendo alterações em sua personalidade, e transformando-se no lado obscuro que podemos chamar de Duende Verde.

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A sociedade, já convive com o crime há muito tempo. Com as HQs não é diferente, os criminosos acompanham as histórias desde o princípio. Os vilões desenvolvem um papel importante nas HQs, pois sem eles os heróis não teriam trabalhos a fazer.

Muitas vezes os vilões nas HQs, são intrigantes e assustadores, e mesmo assim acabam conquistando a admiração de muitos leitores. Nesse caso, podemos fazer um paralelo entre sociedade e as HQs, levando em consideração que o conceito de criminalidade provém de um paradigma social, não pode esquecer que no mundo real o vilão não é bem vindo e devem ser tratados como tal, ao contrário das HQs, que desenvolvem um papel fundamental no enredo das histórias, mas do mesmo jeito ainda são vilões.

 Marcelo Ávila Franco





sexta-feira, 9 de abril de 2021

Narciso e a fotografia do espelho atual de nosso cotidiano

 


            A fotografia nada mais é que uma forma de eternizar um momento, seja ele triste ou alegre, ela eterniza o instante em um ato simples e momentâneo. Quando é acionado o botão da máquina, é certo que mais um momento foi eternizado, e que para sempre será lembrado quando aos olhos de alguém for contemplado. A foto pode ser comparada a uma arte, na verdade a arte de reviver momentos especiais, pois ela não deixa morrer o passado que fica eternizado num pedaço de papel ou arquivo, como nos dias atuais.

            Freud utilizava como metáfora do aparelho psíquico a ótica do “aparelho fotográfico”. No livro “A interpretações dos sonhos” ele sugere que se visualize o instrumento que executa nossas funções anímicas como semelhante a um microscópio composto, um aparelho fotográfico ou algo desse tipo. Isso nos faz pensar na relevância de um momento que fica registrado no inconsciente, ou que é relembrado pela fotografia, que se utiliza de uma linguagem que aguça o inconsciente e transporta para o consciente.

            Narciso quando se deparou com sua imagem no rio, se apaixonou por ele mesmo, nada muito diferente do que acontece com todo indivíduo que se depara com um espelho. Dificilmente quando nos deparamos com um espelho, resistimos a uma boa olhada, da cabeça aos pés, para conferirmos como está nosso visual. Mas as pessoas não gostam de admitir que são vaidosas, e negam que olham para o espelho, como se fosse um crime dizer que somos vaidosos. É nesse momento que entra a fotografia. Ela é um bom disfarce para nos olharmos e contemplarmos nossas belezas pessoais. São inúmeras as desculpas para colocarmos defeitos na fotografia, que eterniza o momento que nunca mais vai voltar, registrando-o eternamente em um pedaço de papel ou mesmo virtualmente.

            A fotografia traz a beleza do momento eterno. Relembrar um momento pode trazer tristeza, mas também inúmeras alegrias. Imagine o que seria da história sem as fotografias, como poderíamos relembrar uma festa, uma viagem, um casamento e por aí vai. E pensando em futuro, como nossos filhos e netos lembrariam de nós sem uma foto? Como conheceriam a imagem de nossos ancestrais? A imagem fotográfica pode ser a prova de que estivemos presentes em algum lugar e, de certa maneira, atesta a individualidade daquilo que se está mostrando.

            Hoje a fotografia constitui-se um produto em si, que desvenda novos nichos de mercado de forma muito rápida. É também um importante meio em vários mercados e mídias, sendo usada intensamente em revistas, jornais, sites, blogs, redes sociais em geral e até como provas periciais. É um objeto importante em nosso cotidiano.

            Quem não gosta de ver um momento importante em sua vida sendo eternizado? Simplesmente para poder dizer: “- Eu estive lá!” Seja na Torre Eiffel, Museu do Louvre, Cristo Redentor, Laçador ou presenciando o nascimento de um filho. Eternizar aquele bom e narcísico momento nos faz bem e alimenta o ser humano.

Marcelo Ávila Franco

Ensaio sobre o xadrez, resgatando o olhar do outro

 



Xadrez é um jogo de tabuleiro, e por sinal um dos mais antigos na história mundial. Jogo que teve origem na Índia, aproximadamente em 1945 tomou forma em suas regras, tal qual o conhecemos na atualidade. Com a finalidade de derrotar o rei adversário, muitas estratégias são elaboradas para se buscar a vitória, nunca esquecendo o respeito pelo adversário e às regras que envolvem esse jogo. O regramento do xadrez enaltece a importância de cada peça do tabuleiro, enquanto formador de uma equipe, uma vez que determina funções específicas para cada classe de figura.

            De que forma esse nobre jogo, apesar de complexo, pode ajudar no desenvolvimento intelectual de crianças, jovens, adultos e idosos? Bem, muitos estudos já foram feitos para comprovar os benefícios que o xadrez traz para o estímulo ao desenvolvimento cognitivo, entre muitos podemos citar: a imaginação, inteligência, criatividade, auto-estima, raciocínio rápido e preciso, além de pensamento lógico e abstrato. Mas o xadrez não para por aí, além dos benefícios para o desenvolvimento cognitivo, proporciona aos seus praticantes outro conjunto de vantagens, relacionado à tomada de decisões, na qual o indivíduo trabalha a capacidade de escolher uma melhor alternativa, sem apoio ou opinião externa, tendo a autonomia de escolha.

                        Freud afirma que, o xadrez é um jogo que consiste em relações progressivas de estratégias, segundo ele: só sabemos como inicia e como termina; o meio é diferente a cada jogo e as “jogadas” do analista vão depender da “jogada” do paciente. Além de trazer benefícios para a parte cognitiva, pode servir de ferramenta para terapeutas.

            O xadrez pode ainda de alguma forma desenvolver a empatia. Como é um jogo que exige disciplina por quem o pratica, o “ser” jogador de xadrez ou “enxadrista” como se chama quem joga xadrez, acaba internalizando principalmente o respeito pelo adversário, onde outras características se juntam nesse sistema de regras e o jogador precisa se enquadrar ao sistema, para poder usufruir os prazeres do pensar. Uma partida pode durar horas, o que exige concentração dos envolvidos, tanto de quem joga, quanto de quem assiste a uma partida.

Em nossa sociedade, questões éticas e morais deveriam estar sempre em primeiro lugar, mas infelizmente a abordagem quotidiana destes conceitos tornou-se rara atualmente. Neste contexto, além dos ganhos relacionados aos aspectos cognitivos que proporciona, o xadrez seria uma adequada alternativa na tentativa de resgatar o relacionamento interpessoal e o bem viver em sociedade, uma vez que se trata de um jogo de regras variadas e complexas, porém rígidas, tal qual a sociedade, e que ressalta a importância individual de cada membro, diante de suas atribuições únicas e distintas em relação aos demais.

É tempo de resgatar o olhar do outro, o conversar à moda antiga, marcar um encontro para uma partida de xadrez “on-line” que é a disponibilidade em tempos de pandemia, vivenciar um simples “bate-papo” com apenas uma pessoa, mas de forma verdadeira, resgatando o prazer de uma conversa natural, natural como desenrolar das jogadas de uma verdadeira partida de xadrez.

Marcelo Ávila Franco

*Garry kasparov

Maior enxadrista de todos os tempos 


Haicais em Cidreira

HAICAIS VeJo senTido no Meu desaPreÇo, Saudades No meU deSapeGo, Apego nO meU reCoMeçO. aManheCeu Em maiS Um diA. Olhos CanSados aPós noiTe ...