O
surrealismo foi um movimento criado em Paris em 1924, por artistas que
rejeitavam os padrões que eram impostos pela sociedade burguesa da época, e fortemente
influenciados pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud. Neste novo palco
muitos expoentes artísticos lideravam este movimento, entre eles André Breton
(literatura), Max Ernst (artes plásticas) e Joan Miró (artes plásticas) foram
alguns dos nomes mais importantes. Mas um em especial se destacou pela
singularidade de suas obras, “Salvador Dalí”, o mais importante pintor desse
novo movimento que impressionava pela ausência de lógica em seus trabalhos.
Salvador
Dalí era um pintor catalão, famoso, excêntrico, gênio, surrealista e
egocêntrico. Suas obras trouxeram um novo olhar para o mundo das artes. Dalí
foi um artista que percorreu diferentes vertentes em sua carreira, transitando
entre várias formas de expressão artística, mas foi com suas pinturas que
obteve reconhecimento. Esteve sempre no limiar entre o sonho e a realidade,
arrancando diferentes reações de quem teve a oportunidade de admirar suas
obras. Como ele mesmo gostava de dizer, o mundo das artes teve dois momentos “antes
de Salvador Dalí e depois de Salvador Dalí”.
Dalí,
através de suas obras, desenvolveu um estilo por ele próprio chamado de “método
paranoico-crítico”, que consistia em se expressar sem as travas do pensamento
racional, buscando ao máximo as ideias do inconsciente, tornando objetivo algum
delírio ou paranoia que viesse à cabeça. Podemos citar aqui uma de suas obras
mais importantes, “A persistência da Memória” na qual expõe um relógio
derretendo. O artista também transitou por outros campos da cultura, fez
trabalhos artísticos no cinema, fotografia e escultura.
Mas
Salvador Dalí teve uma vida sempre conturbada, devido a seu temperamento forte.
Em 1926 foi expulso da academia e declarou que ninguém lá estava à altura para
avaliar suas obras. Apesar de seu temperamento difícil, Dalí tinha algo em sua
vida que lhe entusiasmava, era a esposa Gala, sua musa inspiradora, a mulher de
sua vida. Gala era muito bonita e foi presença marcante na obra do artista, que
retratou a esposa muitas vezes em suas obras.
Mas
Dalí perde Gala em 10 de junho de 1982, em Port Lligat, e entra em profundo
estado de depressão, começa a se recusar a comer, além de demonstrar estar
perdendo a vontade de viver. Com o tempo, sua saúde só piora, fica desidratado
e com isso precisa ser alimentado por sonda naso enteral, além de ser
diagnosticado com a doença de Parkinson.
Uma
frase marcou o final da vida de Dalí, “Sem Gala eu não sou Dalí”, afirmou. Se
tudo isso não bastasse, em 1986 o artista sofre graves queimaduras devido a um
incêndio que ocorreu em seu quarto. Desde então, viveu recluso em uma cama na
torre do “Museu de Figueres”. Em 23 de janeiro de 1989 morre o expoente do
Surrealismo, na cidade de Figueres em decorrência de pneumonia e parada cardíaca
Marcelo Franco
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