Fonte: https://revistafreak.com/faith-no-more-30-anos-de-the-real-thing-a-hora-e-a-vez-da-banda/
Em 27 de setembro de 1991 tive a sorte de assistir a um show de uma das bandas mais fucking great que conheci 3m minha adolescência. Ressalte-se que, para o Marcelo adolescente da época, todas as bandas eram muito "tri" (monossílabo que adjetiva algo que nos agrada aqui nos pampas). Faith no More significou mais que "tri", algo diferente, desde quando assisti a apresentação dos caras no "Rock in Rio II" pela televisão (claro) - imagina um cara apaixonado por música e com pouco acesso às novidades musicais, pois na época você não tinha todo acesso que existe hoje. Alíás, lembro que as fontes mais confiáveis e completas de informações relativas ao mundo musical que se tinham eram a revista "Bizz" (que eu comprava todo mês) e as rádios, em especial a rádio "Ipanema fm" aquela do "n" (explico em outro momento a referência). E foi acompanhando um pouco a carreira da banda através destas fontes que fiquei sabendo que eles iriam tocar em Porto Alegre, cidade vizinha a que eu morava na época (a velha Canoas "city" que segue como antes, uma cidade que não evolui em termos culturais).
E então, chegado o grande dia, lembro-me como hoje minha empolgação com o show do Faith No More no Gigantinho, pois havia combinado de ir com um colega de escola da época (vou preservar o nome do mesmo, apenas posso dizer que hoje ele é médico). Preparamos uma garrafa de vodka, que na verdade compramos em um supermercado qualquer, e fomos tomando no caminho para o show (isso não ia dar certo kkk). Lembro-me, entre os poucos registros que ficaram disponíveis em minhas memórias, que usei uma camiseta da banda Red Hot Chilli Peppers e que estava muito ansioso para contemplar o que haveria de ser um dos melhores shows de minha vida até o momento, pois era uma banda gringa que havia me empolgado com seu rock pesado (como se dizia na época, alternativo, por ser diferente do que se conhecia até então).
Pegamos o trem na estação Canoas e seguimos para Porto Alegre e, chegando na estação terminal Mercado, descemos e já começamos a beber um pouco daquela vodka, que por sinal lembro até o nome: BAIKAL, cujo rótulo ainda informava vodka Russa (com fabricação paraguaia certo, pois posso não lembrar detalhes do show, mas da vodka responsável por isso sim kkk). Após, seguimos rumo ao Gigantinho, percorrendo a orla do Guaíba desde a Usina do Gasômetro, acompanhados da Baikal. Chegamos ao local do show por volta das 16 horas e por lá o movimento, que já era intenso, aumentava cada vez mais.
Bem, o show incluía uma banda de abertura, sobre a qual prefiro nem comentar, apenas referir que o vocalista foi um dos integrantes do Menudo (isso mesmo, aqueles da música “Não se reprima” !). Essa banda não conseguiu tocar nem 30 minutos, pois recebeu vaias em cima de vaias da plateia que arremessou inclusive moedas e outros objetos na direção dos seus integrantes. Terminada a tortura auditiva da banda de abertura (que nem faço questão de lembrar o nome), teve inicio o esperado show do Faith No More.
Hora de tirar as crianças da sala, pois o show iria iniciar e alguns integrantes entraram vestindo bombachas (o que achei estranho e não curti muito). Na sequência, o set list começou forte, com From Out of Nowhere e seguiu com as músicas do terceiro LP, que era o álbum que, por aqui, levou a banda ao sucesso da época. Seguindo aí, tocaram “Woodpecker From Mars”, “ Surprise! You’re Dead!”, “Zombie Eaters”, “The Real Thing” (adoro essa música) e claro a manjada “Epic” entre outras.
Infelizmente nem todo show transcorreu às mil maravilhas, aliás a experiência me ensinou muito… lembram da Baikal vodka russa com fabricação paraguaia? Pois é, ela me mostrou que para se aproveitar um show é necessário moderação, mas convencer disso um adolescente é muito difícil, você se acha o “super homem” e que nada pode te derrotar (a não ser a vodka Baikal, Kriptonita do Marcelo kkkkkkkk URGH). Para resumir a saga, sei que consegui contemplar apenas parte do show do Faith No More e em algum momento ainda me perdi do amigo e acabei voltando sozinho para casa (no modo controle remoto, aperta o botão e vai). Frise-se que os tempos eram outros, ainda se podia andar a pé pelas ruas e nada acontecer, diferentemente dos dias atuais.
Enfim, cheguei em casa são e salvo, e apesar dos pesares, baseado nas memórias que ficaram relativas à parte do show, este foi muito “@fud#ê” mesmo!!! Mas ficou a lição: antes do show beber com moderação, Marcelo!!!!
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