domingo, 7 de junho de 2020

O mundo bizarro musical e teatral de Tom Waits


 

Se de alguma forma existe um mundo paralelo, podemos dizer que nesse mundo existe um cara chamado Tom Waits. Músico, ator e pai de família, Thomas Alan Waits é um músico de Jazz que faz um estilo totalmente fora do convencional, pois flerta pelas raízes do desconhecido musical.

Com sua voz de Chevrolet 54, o ponto forte do músico é sua originalidade e esquisitices musicais, onde ele faz experimentos com os mais variados tipos instrumentos, passando por sons de coturnos marchando, sinos e as mais variadas formas de extrair sons de objetos nada convencionais.

Mas nosso artista nada convencional não fica somente na música, ele flerta como ator podendo se dizer, nas horas vagas. É Amigo dos grandes cineastas Francis Ford Coppola e do não menos amigo Hector Babenco, Tom já participou de vários filmes e diga-se de passagem que não foi qualquer filme, entre eles podemos citar, o “Drácula de Bran Stocker”, “Caminhando nos campos do senhor” este gravado no Brasil, “O livro de Eli”, “Sete psicopatas e um Shih Tzu” e o não menos famoso “Down by law”.

Apesar de uma carreira extensa tendo mais de vinte discos gravados e participado de no mínimo dez filmes, nosso artista ainda tem um pecado em sua vida, não veio mostrar sua performance como artista no Brasil, não são poucos fãs que Tom Waits tem por aqui, em 1992  numa reportagem que o músico concedeu para o jornal Zero Hora, ele diz: “acho que o Brasil tem medo que eu acabe com o estoque de cigarros e whisky, por isso não me contratam para um concerto aí kkkkk”, mas deixando as brincadeiras de lado, sabemos que não houve nenhum convite para o artista tocar em nosso país, mas caso alguém queira ter a oportunidade de ver um show de Waits, terá que ir até a Argentina, país onde o músico já fez algumas apresentações.

A vida pessoal e artística de Tom tem algumas curiosidades, além de ter nascido em um banco de traseiro de um taxi em 1949, ele inovou fazendo seu disco Big Time virar uma peça teatral, espetáculo que escreveu com sua esposa Kathleen Brennan (dramaturga irlandesa) apresentando uma performance marcante e única, além disso Waits diz que suas mais importantes obras foram feitas com Kathleen, sendo elas Kellesimore e Casey Xavier suas filhas.

Além disso podemos citar como uma de suas aparições mais emblemáticas em filmes, “Sobre café e cigarros” onde Tom contracenou nada mais nada menos com Mr. Iggy Pop, e os dois protagonizam um diálogo insano, Tom Waits e Iggy Pop no mesmo filme pode-se dizer que seria cafeína pura na veia, onde a conversa gira em torno de café cigarros é lógico. É um filme interessante e de contexto divertido pelos diálogos e formatos que aparecem no decorrer do roteiro.

E assim conhecemos um pouco do mundo paralelo e porque não dizer bizarro de Tom Waits, esse artista que toca piano, acordeon entre outros instrumentos nada convencionais, além de ter atuado nos mais diferentes tipos de papéis no cinema, indo desde um pianista de cabaré até um papel de presidiário aloprado em Down by law. Essas são apenas algumas passagens do mundo bizarro de Tomas Alan Waits ou apenas Tom Waits para os fãs mais íntimos.

 Marcelo Ávila Franco


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