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Quando nascemos não percebemos que a morte se faz
presente desde o primeiro momento de vida. Há um abstraimento da possibilidade
do morrer. Esta separação de vida e morte é uma forma de negação do indivíduo,
um engano, pois a vida e a morte chegam juntas e andam juntas. A morte é um
momento natural, que faz parte do contexto de vida, e que nos acompanha desde
que temos a vida, não há como separar esses dois fenômenos vida e morte.
As formas de se definir a finitude são muito
amplas, dependem muito de cada
indivíduo e suas vivências, costumes e regiões. Se formos procurar o
significado de morte em um dicionário, vamos encontrar a seguinte definição:
“uma cessação completa da vida, da existência de; óbito, falecimento”. (Aurélio
on_line) Entender esse fundamento não é fácil, pois, a
princípio, quando se vê o nascimento de uma vida, se espera sempre que esse
novo ser tenha uma longa vida. Segundo o senso comum presente nas sociedades, o
ser humano deveria passar pelas seguintes fases: nascer, crescer, se reproduzir, envelhecer e a seguir morrer, simples.
Entretanto, as dinâmicas da vida social fazem
com que o ser humano se depare com situações nada “lógicas”, como a morte de
jovens, crianças, situações difíceis de entender e aceitar.
As diversas representações da morte trazem várias indagações, oriundas dos
diferentes contextos. Na perspectiva da pessoa profissional em psicologia ou
aconselhamento, essas inquietações precisam ser respeitado por quem observa externamente, num primeiro momento,
visando à compreensão das angústias, dos dilemas, dos argumentos, da visão de
mundo, do imaginário religioso adjacente, visto que, nem sempre a pessoa
profissional partilha dos mesmos fundamentos sociais desta interpretação. Fato
é que independentemente do aspecto sócio- histórico-cultural envolvido, a representação
da morte é ampla e frequente, havendo inclusive aspectos em comum observados ao
longo dos tempos.
A morte de certa forma tem uma imagem desconhecida,
pois não sabemos exatamente o que envolve este fenômeno, apenas temos a certeza
que vamos vivenciar esse momento apenas uma vez, e que, para quem fica a vida
continua. Por outro lado, quem vivencia em seu corpo a morte, se inicia em
outro contexto, outro momento, outra forma de viver ou não viver. Na verdade é
uma situação que, excetuando-se a questão religiosa ou da fé de cada um,
permanece até hoje totalmente sem reposta
para nós, vivos.
Isso é o que torna este fenômeno
fascinante, pois enquanto fenômeno,
tais quais todos os demais
diversos fenômenos da natureza,
não temos domínio sobre ele - acontece quando tem que acontecer, escolhe o
momento de se fazer presente.
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